domingo, 4 de julho de 2021

Na companhia de mim mesmo

 Bom, hoje descobri que ler coisas que eu escrevi tempos atrás são coisas que eu precisava ouvir agora e o mais interessante que ler algo que eu escrevi é bem louco, pois sou eu me ouvindo, sou eu descobrindo sobre mim. 

As vezes eu me sinto mal, isso é natural e os motivos podem ser variados, ou podem ser os mesmos. Imagino que cada vez eu leio pra mim algo que eu escrevi é como se em algum espaço de tempo eu seja quem eu precise ter por perto... É bem louco pensar assim, mas imagina que ninguém melhor e além de você mesmo, que sabe onde dói, que muitas vezes sabe porque dói, que sabe como lhe dar com algo que só você saberia lhe dar. Muitas vezes me pego pensando sobre viver de forma que faço coisas pra os outros me verem e opnarem sobre mim ou se faço algo que realmente é o que eu quero e oque vai me deixar bem.

Parece solitário está na própria companhia, buscar a minha companhia tem sido bem desafiador, parece um papo de louco mas gostaria que se fixasse no que eu vou dizer. Ainda não me sinto 100% a vontade em me querer por perto, eu sinto um pouco de vergonha ainda de mim, tenho medo de me condenar ou de me machucar sabe? Afinal, eu sei coisas sobre mim que ninguém mais sabe, coisas que sim, um momento eu vou precisar por á mesa.

Está na própria companhia é está presente não só fisicamente mas também mentalmente e não se deixar levar pelo pensamento á dois( eu comigo mesmo) mas sim se fixar no aqui e no agora, se ouvir sobre o aqui e o agora, se apreciar no aqui e agora. Talvez eu passe tempo demais vivendo mais uma vida mental do que física, talvez bem mental do que terrena. Pode ser uma fuga, talvez seja, realmente seja.


Preciso ser sincero comigo, mas ser sincero e seguro pra receber o que eu preciso receber de mim mesmo sem medo, sem vergonha. Conviver assim, na minha companhia as vezes dói, me irrita, me encomoda. E não se trata de outras pessoas, se trata de se aceitar, se aceitar no sentido de entender cada ponto de diferença, de individualidade e usar isso pra viver melhor comigo mesmo.

Falar de sentimentos é algo muito delicado que eu fujo de compartilhar  comigo mesmo, e quando o faço eu não o faço por completo, por medo. Parece louco isso de ter medo se si mesmo, afinal se conhecer é bem assustador e fazer isso é uma decisão bem desafiadora.

Muitas vezes não sei o que quero, mas sei o que não quero e preciso reconhecer que me afastei bastante de mim mesmo, o suficiente pra chegar ao ponto de nem mesmo mais saber sobre as coisas que eu gosto. Eu não tô aqui pra apontar dedo, ou dizer pra fazer assim e não assim, eu quero apenas alertar que tudo oque aconteceu é natural e que era pra acontecer, que preciso ficar bem mais atento a mim mesmo. Cuidar da pessoa que eu sou, buscar está bem mesmo que em algum momento eu não esteja afim nem de me ouvir, está ciente de que as coisas passam e que elas só ficam se nós quisermos, ainda mais quando se trata de sensações e sentimentos. 

Parece meio egoísta, mas é preciso está bem pra poder fazer o bem, e pra se está bem é preciso também está mal afinal, assim se diferencia o fel do mel.

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